quarta-feira, 23 de novembro de 2011

R-Type


Produtora: Irem
Ano: 1991

Uma boa adaptação dos arcades. Assim pode ser resumido R-Type que preservou a mecânica do original numa versão convincente com as mesmas dificuldades e alegrias que fizeram sua fama. Talvez a falta de cores incomode os mais acostumados com as outras versões do jogo mais conhecidas, mas a franquia desembarcou no Game Boy fazendo bonito. Em R-Type, controlamos a nave R-9 feita de um metal raro na missão de defender a Terra do ataque do Império Bydo munida apenas de seu poderoso canhão laser e o Power Pod.

O jogo é em todos os aspectos muito bem acabado: os efeitos sonoros são bem feitos; as músicas foram perfeitamente convertidas; os gráficos, assim como o desenho de cada fase, inimigo e chefe, foi bastante preservado. Todos são de fácil reconhecimento e diferenciação. Pode-se dizer que cada elemento visível é bastante semelhante às versões mais conhecidas como a do Master System – essa última foi resenhada no Na Praia4 em 2011, confira aqui.


Push Start
Já na tela de introdução por meio do Select existe um pequeno menu de opções para o som, a música e nível de desafio (easy ou hard). Independente da mudança ou não no último item citado, avançar em R-Type é muito complicado.

Nos comandos da R-9 o jogador percorrerá em meio ao espaço sideral, estações espaciais fortemente armadas e dentro de organismos vivos batalhas contra os integrantes do Império Bydo. Os inimigos são hordas de espaço-naves adversárias, baterias de defesa, robôs, e ainda aliens que ameaçadoramente tentam se chocar com sua nave.

As principais mudanças em relação ao original foram o tamanho das fases – ligeiramente menores, a exemplo dos chefes – e a proporção da nave que aparenta ser grande demais para determinados lugares – para os que se aventurarem, o confronto com o cruzador espacial na fase 3 será a constatação do que foi declarado. Já a mecânica suave com o deslizar da nave pelo espaço sideral continua boa – padrão Irem de qualidade – e o uso dos power-ups com o pod segue a mesma linha. Pode-se usá-lo acoplado a espaço-nave  seja na dianteira ou na traseira ou ainda orbitando a frente fazendo as vezes de escudo e poderoso canhão – mais a presença do canhão secundário que orbita lateralmente a nave.

Os inimigos são fartos e a animação da destruição dos mesmos é bem detalhada. Graças ao bom uso do poder do portátil da Nintendo, o jogo flui muito bem apenas com uma outra quebra de sprite mais incômoda que não chega a atrapalhar. Os slowdowns quase não são sentidos no desenrolar das fases.

Assim como todo R-Type, o jogo possui um grau de dificuldade acentuado, a velha mecânica do encostou-morreu pode se tornar frustrante em lugares mais apertados e de difíceis manobras. Em cada tentativa (continue gasto) começa-se sempre com 5 vidas e estranhamente o manual não comenta a quantidade de pontos necessários para a conquista de alguma vida extra.

Uma das mudanças mais significativas foi a adição de uma barra de poder que inexiste em outras versões do jogo. Segurando o botão B por alguns segundos, o poder do laser aumenta; encostando no final da barra, é possível disparar um poderoso tiro com poder máximo e que vai ser o maior quebra-galho num momento de falta de itens ou mesmo um sufoco.

R-Type é um ótimo jogo! Cada aspecto do game, do gráfico a dificuldade, foi bem convertido e os felizardos donos de um Game Boy clássico não tinham do que reclamar.

Tenha um bom jogo!

6 comentários:

  1. @Leandro

    Eu sempre me surpreendo com as produções sob o nome "R-Type". Seja no arcade ou no Game Boy, os jogos mantém um padrão de qualidade invejável.

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  2. R-Type é um jogão! Jogava e ainda jogo de vez em quando a versão do Master System e até hoje não consegui finalzar, nunca uso Save State acho covardia. Muito bom também é o Super R-Type III do Super Nintendo, esse consegui terminar com muita dificuldade! Esse aí eu não conhecia etão em breve irei dar uma olhada. ^^

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    Respostas
    1. Conheço o Super R-Type III e me amarro no jogo. Ainda não terminei pois achei bem difícil algumas partes (precisa decorar muita coisa para se safar vivo). Quanto ao do Game Boy eu considero um excelente port, mas não chega a ser a minha versão preferida.

      Um abraço!

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    2. Um belo jogo por sinal a versão de Master cheguei a jogar um pouco me lembro de chegar bem longe mas não cheguei a zerar preciso dar uma conferida nessa versão de Game Boy.

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    3. A versão do Master, na minha humilde opinião, só perde para a do Arcade. Essa versão da Irem é muito boa e aparentemente mais fácil quando comparada com outras.

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