Produtora Hudson Soft
Ano 2000
Perfeito
para caber em suas mãos! Março de dois mil e treze e eu estou empolgado até o
último fio de cabelo da minha cabeça com essa preciosidade da Hudson. Bomberman Max Blue Champion é uma daquelas pérolas esquecidas que
quando você põem as mãos não quer largar até desbravar o último nível. Não por
acaso as fotos que postei são apenas dos dois primeiros mundos, pois estou num
vício numa empreitada para terminar o jogo ainda por esses dias (como meu
tempo é curto o emulador do meu DS
nunca foi tão útil como agora).
Confesso
que conheci a versão para GBA
(respectivamente sua sequência Bomberman Max 2 Blue Advance) antes da versão para Game Boy Color. Foi somente nas minhas pesquisas sobre a série que
me interessei pelo jogo da Hudson e
qual não foi minha surpresa. Todos os elementos que me tiravam o sono no Advanced se encontram nessa versão com
pouquíssimas diferenças e ambos os games preservaram o desafio (alto em algumas
situações).
A
trama é contada rapidamente no começo do game por meio de cut scenes bem
caprichadas. Nesse primeiro momento conheço o concorrente/rival de Bomberman:
Max. Nosso amigo de armadura preta é o protagonista do jogo Bomberman Max Red Challenger que possui
algumas (poucas) particularidades. Como não joguei a versão paralela com Max apenas vou
repassar as informações que colhi ao longo do texto.
Posso
dizer que a Hudson caprichou ao
fazer um Bomberman para o portátil com muitas tarefas interessantes. “Quais
tarefas?” você deve estar perguntando. Sim! Tarefas! Para os mais acostumados
com a série, ou ainda os que jogaram o bom Wario Blast, a mecânica em Bomberman não é novidade: com bombas
que explodem em “+” (cruz) se avança em labirintos infestados de inimigos e
armadilhas. Para passar para outro nível, as maneiras mais comuns que a série
adotou foram: a) eliminando todos os inimigos do mapa; ou b) destruindo torres
de energia para liberar a saída.
Até
aqui, nenhuma novidade. Mas a série Max,
trouxe algumas novidades para a clássica jogabilidade. As maneiras usuais de
passar de nível estão presentes nessa versão. Em adição a isso temos telas em
que temos que eliminar só um tipo de inimigos, ou fazer isso em determinado
tempo; atravessar um número determinado de pontes; libertar um Charabom
(criaturas que lembram Pokémons e emprestam algumas habilidades para
Bomberman). Caso o jogador falhe em alguma dessas tarefas, o mesmo será
obrigado a reiniciar o mapa (e se você gostar de desafios se prepare para
alguma dor de cabeça).
Uma
das diferenças entre os dois games (apontada pela Wikipedia) são os
ditos Charabons. As versões contam com animais específicos. Acredito que nos tempos
áureos do Game Boy era possível a
troca de Charabons entre os cartuchos por meio da conexão nativa do portátil (e
se jogue da ponte com uma pedra amarrada no pescoço quem não acha isso a cara
da Nintendo), mas careço de mais
informações a respeito disso (se alguém souber de algo, sinta-se a vontade para
comentar).
A
franquia chegou e fez bonito no Color
usando e abusando das cores em Max
Blue/Red. Em certas telas me senti em The
Legend of Zelda Oracle of Seasons/Ages e quem já jogou um dos games da
franquia da Big N vai ter essa mesma
impressão. Talvez o uso exagerado das cores não agrade a todos (confesso que é
bem exagerado mesmo), mas não consigo enxergar como de mau gosto as escolhas
feitas. O que a Hudson procurou
mesmo nesse game foi dar destaque as diferentes tarefas que devem ser
completadas para se passar de nível.
Outro
ponto de destaque: o avanço não linear de fases. Cada fase pode possuir uma, duas
ou até mais saídas. Cada escolha leva a um nível diferente ou até mesmo ao
chefe a ser batido. Há ainda a possibilidade de replay de um nível caso o
jogador encontre a saída de cor mais escura. Como comecei o game duas vezes,
acabei me deparando com níveis diferentes. Desconfio que haja um “final bom”
caso o jogador consiga a proeza de passar por todos os 100 (sic) estágios do
game – aliás, o jogo utiliza um sistema de percentual que deixa qualquer um com
a pulga atrás da orelha sobre isso.
A
parte técnica não decepciona. As músicas são agradáveis, a jogabilidade
responde muito bem, a dificuldade é balanceada e até o momento não considerei
nenhuma tarefa como impossível. Apenas uma ressalva, a partir do quarto mundo o
game possui uma curva de desafio crescente bem acentuada (que estou jogando
nesse momento). Duas baterias de save (ufa!) e um level design digno dos games
da série. Um jogo que me encantou, tirou algumas horas de sono e apesar de não
tão famoso considero essencial para os fãs da série.
Um
abraço e bom jogo!