domingo, 23 de setembro de 2012

The Legend of Zelda - Link's Awakening DX


Produtora: Nintendo
Ano: 1998
Suporte SGB¹


Em 1993, aproveitando o grande sucesso de The Legend of Zelda – A Link to the Past (lançado para Snes), a Nintendo, que de boba não tinha nada, trás aos amantes do portátil mais uma aventura de Link com a assinatura da famosa franquia. The Legend of Zelda: Link’s Awakening foi merecidamente um jogo de muito sucesso no Game Boy Clássico, nada mais lógico do que anos mais tarde relançá-lo em cores para a segunda geração do handheld e acrescentar mais um dungeon (e despertar a curiosidade de todos que tiveram a oportunidade de conhecer o original).

O jogo é considerado uma aventura paralela, assim como Majora’s Mask (N64) e a série Oracle para Game Boy Color. Ainda assim, o game é citado na cronologia oficial da série, divulgado pela Nintendo nas comemorações de 25 anos da franquia e sua história seria uma continuação do game lançado para Super Nintendo. Falar sobre um Zelda clássico não é das tarefas a mais fácil. Topando o desafio, esse blogueiro viajou de navio com Link e após uma ruidosa tempestade, foi arrastado pelas correntezas até aportar em uma ilha desconhecida e cheia de mistérios.




O enredo
Após derrotar Ganon, a profecia Hyruliana se cumpre. Aproveitando um sentimento de paz momentânea, nosso herói Link parte em busca de conhecimento e sabedoria. A viagem foi longa e agora voltando para sua terra natal, nosso herói relaxa a bordo de sua embarcação ao sabor da brisa do mar. Repentinamente, o céu torna-se escuro, nuvens negras se aproximam e as águas começam a se agitar. Link luta desesperadamente para que sua embarcação permaneça firme, mas nem mesmo o grande herói de Hyrule é capaz de sobrepujar a forte tormenta.

Um relâmpago estilhaça a embarcação e Link é levado pelas ondas a desconhecida ilha de Koholint que ostenta um gigantesco ovo no topo da montanha mais alta. Sem saber direito que estranho lugar é aquele, voltar para Hyrule tornou-se agora um grande desafio.



Um Zelda para se lembrar...
Logo nos primeiros instantes a única certeza que o jogador tem é que está apenas começando uma grande jornada. Salvo por uma garota, sem sua espada e sem saber como voltar para o seu lar; Link descobre com a ajuda de uma coruja que o despertar de um ser lendário, o Wind Fish, será sua única forma de voltar ao lar.

A primeira coisa a ser notada é a ação, ou, explicando melhor, a defesa. O uso do escudo nesse edição de Zelda é talvez o que mais chame a atenção de um gamer conhecedor da série. A impressão passada é que para avançar no jogo não adianta descer a espada em todo tipo de monstro. A combinação ataque + defesa funciona muito bem nas dungeons mais apinhadas de inimigos e garante o avançar mais tranquilo em cada ambiente hostil.




A exploração das dungeons segue o padrão dos demais jogos da série: salas com muitos monstros para serem derrotados; chaves para abrir portas e ter acessos a novos caminhos e níveis; itens secundários que auxiliam na jornada como o bracele e as bombas; diversos pieces of heart para conseguir corações extras; puzzles e portas/cavernas secretas.

Defeito? Nenhum, ou quase...
Mesmo uma pérola irretocável da Nintendo, que as cores vieram a abrilhantar ainda mais, possui seus defeitos; ou melhor, um único defeito e talvez nem isso. O sistema de save utilizado pelo cartucho não é “usual” e bastante estranho. Não existe um modo de gravar o progresso do jogo in game o que torna essa ação por vezes bem confusa.




Existem três espaços na bateria, o que garante maior conforto caso jogador deseje começar uma nova jornada ou fazer um speed run (há um recorde não oficial do fechamento desse game em - absurdos – 1 hora e 23 minutos). Caso o jogador queira salvar sua jornada existem dois métodos. O primeiro consiste em morrer(!) durante a ação em algum momento do game. Logo em seguida, uma tela com as opções para salvar e continuar estarão a disposição nesse momento. Apesar da insegurança inicial que esse susto pode causar, o fator tranquilizador é retornar da última entrada de labirinto ou porta adentrada com suas ruppees e itens conquistados (ou seja, não se perde nada). O segundo modo é a meu ver o mais assustador dos mundos. Apertando os quatro botões do portátil (SELECT + START + B + A) simultanêamente tem-se a oção de: a)retornar ao jogo, ou; b) salvar e sair. Independente do método utilizado, o primeiro ou o segundo, nenhuma confirmação estará a vista do jogador após gravar seu jogo e para brindar, no segundo modo, após salvar, o jogo automaticamente exibe as telas de apresentação do game.

Jogue e aprove
Fora isso temos o que de melhor a série já exibiu nas telas de um portátil. A ação é do começo ao fim; cada nova descoberta habilita nosso herói a conhecer uma nova porção da ilha e é digno de elogios que mesmo um world wap pequeno (quando comparado com outras versões) tenha uma quantidade tão grande de segredos, monstros, calabouços, etc.




O jogo possui algumas curiosidades. A primeira que destaco é o game não fazer nenhuma referência a princesa Zelda, exceto pelo fato da garota que resgata Link nas areias da praia, Marin, possuir certa semelhança. O que leva muitas pessoas (e fãs) a enjeitar o game por esse detalhe. Outro fato curioso são as diversas referências que o jogo faz a série Mário Bros. O próprio Tarin, pai de Marin, é um sósia do bigodudo italiano.


A parte gráfica do jogo surpreende. Mesmo sendo uma adaptação do jogo original sem cores (com pequenas mudanças), há um alto grau de detalhismo em elementos de fundo, monstros, efeitos de iluminação e brilhos (como por exemplo, quando Link libera o ataque giratório com sua espada). As músicas são agradáveis e se encaixam com perfeição em cada ambiente (o som de cada dungeon é bem marcante), apesar do tema de Zelda ser uma constante na maior parte do game. Os efeitos sonoros são perfeitos assim como as respostas aos comandos e pode-se dizer por fim que, se Link’s Awakening em sua versão em cores não utilizou o máximo da capacidade do Game Boy Color, soube usar muito bem todos os recursos disponíveis.

Conseguindo dosar ação, exploração, história e quebra-cabeças na medida certa; Awakening DX é sem dúvidas um dos melhores jogos da história do Color. Um clássico game da franquia, prazeroso de jogar e impossível de largar enquanto não se chega ao fim. Eu o recomendo demais para qualquer amante da franquia Zelda e para os que ainda não o conhecem um game na medida certa para introdução no universo da série.

Tenha um bom jogo!


¹Suporte SGB é a habilitação que o cartucho possui ao acessório Super Game Boy.

10 comentários:

  1. Marceeeellll!!! Eu vi um review sobre esse jogo essa semana, só não lembro onde!

    Enfim, SEMPRE tive vontade de jogar esse Zelda do GBC, aliás, tanto esse quanto os outros dois lá, Oracle of Ages & Seasons. Parecem ser ótimos jogos, mas nunca sequer peguei pra jogar, pois o tempo escasso não me permite uehuehuae!

    Esse game parece gigantesco, mesmo num cartuchinho pro portátil! Sempre li coisas positivas sobre ele, talvez eu comece alguma jogatina dele em breve...

    Valeu pela dica amigo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zerei esse game há dois meses atrás e até deixei outros games na "prateleira" esperando a vez pq o negócio é viciante. A sétima dungeon (Eagle Tower) me tirou o sono por várias noites. Não considero o game difícil, mas a exploração de alguns cantos da ilha (as vezes não muito intuitivos) vai deixar o gamer com o mapa de Koholint na cabeça fácil-fácil.

      Aconselho demais esse game Cosmão.

      Um abraço e eu que agradeço a visita!

      Excluir
  2. Um dia eu jogo algum Zelda T-T. É o meu pecado capital gamístico.

    Adorei as cores dele.Por algum motivo me parecem muito melhores que muitos jogos de GBC.

    Ótima análise Marcel. Um dia eu escrevo metade do que você escreve.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zelda também foi um dos meus pecados gamísticos por um bom tempo. Apenas alguns anos atrás comecei a corrigir esse erro. Não posso dizer que esse é o meu jogo favorito mas, sem dúvida foi um dos que mais gostei. Quanto a parte gráfica eu concordo com vc e faço uma ressalva: não importando muito a plataforma, os jogos da Nintendo sempre são os que melhor utilizam os recursos gráficos da máquina.

      Um abraço e obrigado pelo elogio! ^__^

      Excluir
  3. eu tenho o detonado desse game nas minhas velhas Nintendo World. na época não havia zerado nenhum game do Link, agora posso tirar esse atraso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse é um bom game Leon e eu aconselho demais utilizar um detonado já que certas partes são de matar. Tem como me dizer qual é a revista (edição)? Eu sou louco por baixar essas digitalizações antigas e ler cada página de cabo-a-rabo.

      Um abraço!

      Excluir
  4. Jogo maravilhoso... está entre meus favoritos... llloooolllllll...

    ResponderExcluir
  5. Um ótimo jogo tenho o cartucho original aqui em casa mas sem a caixinha e ja zerei ele é demais viu.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Assino embaixo Rock. Tenho vontade de comprar ele no Virtual Console num futuro próximo.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.