sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Trax


Produtora HAL Laboratory
Ano 1991


Não sou grande conhecedor de jogos da HAL Laboratory além da bolinha rosa mais famosa do mundo, Kirby. Foi assim, quase que por acaso que notei o quanto o box art de um certo jogo me lembrou muito meu amigo de Dream Land – e não era que o jogo era da HAL mesmo? Trax, um diferente shooter que vai agradar muito os jogadores menos experientes por possuir pouca dificuldade e um bom level design. O jogo é bastante agradável e nessa resenha de fevereiro pretendo apresenta-lo a você amigo leitor.

Cansado de shumps estilo arcade Sega papa-ficha? Você não aguenta mais jogar pela 15ª vez a primeira fase (e não passar!) daquele maldito/bendito game de “navinha” que todo mundo fala? Não afirmo que seus problemas acabaram mas talvez seja hora de você relaxar na frente do portátil com Trax, a minha dica para esse mês. Nada de mortes ao acaso ou tiros a torto e a direito que te encurralam nos cantos sem deixar saída. Gosto de pensar em Trax como um shump justo. Os comandos respondem bem; há uma boa disposição de upgrades para o armamento de seu tanque (e sim, você controla um tanque, apesar de rosa redondo); itens de restauração de energia espalhados pelas fases; desafio razoável; possibilidade de recuperação; chefes pentelhos que vão exigir alguma movimentação; e, gráficos agradáveis.


Como eu adiantei, em Trax controlamos um tanque que trafega em meio a florestas, pradarias, complexos industriais, cidades e cavernas. Como armamento principal nosso tanque tem um sistema revolucionário que permite ao canhão um giro de 360°, explicando melhor: uma linha de tiro capaz de acertar inimigos ou obstáculos em qualquer direção. Essa versatilidade permite até que o jogador prossiga em uma direção e descarregue sua munição no sentido oposto. Outro ponto interessante, foi a HAL alternar níveis com progressão lateral e vertical - e às vezes uma mesma fase possui muitas alterações nessa mecânica de progressão, o que confere ao game um pouco mais de ação.

Os inimigos são muitos. A grande sacada foi possibilitar ao veículo essa livre movimentação e um ângulo de tiro generoso. E se prepare, pois os inimigos vão surgir de todos os cantos possíveis em número e quantidade para deixa-lo atordoado em muitos momentos. Não raro o jogador ficará em dúvida para que lado seguir já que a ação se desenrola por todos os lados.


Por mais que o jogo tenha suas qualidades duas coisas devem ser ditas. Primeiro, o game é muito, mas muito fácil até para quem não é muito fã do gênero. Em algumas fases a disposição de itens de recuperação de energia (os galões de combustível) é farta demais. Isso sem falar nos power ups para o canhão que é encontrado com muita facilidade também (dependendo do lugar dá pra escolher qual utilizar daquele ponto em diante).

Em segundo lugar, o slowdown. Esse é de matar. Não dá pra não notar o esforço do seu tanque em se livrar de alguns inimigos que "passeiam" em câmera lenta. Não consegui entender se o efeito é em virtude da quantidade exagerada de inimigos, tiros e explosões ou se há algum erro na programação. Até porque, a HAL é a mesma produtora dos excelentes Kirby’s Dream Land 1 e 2 que não deixam em nada a desejar nesse ponto.


Agora vamos as qualidades. Ainda que bem fácil, o progresso no jogo agrada. A ambientação muda muito de uma fase para outra e o traço utilizado nos cenários não é de todo o mal. Existe uma boa variedade de munição que pode safar a sua máquina de maus bocados. Além disso, a barra lateral (a energia vital) é bem generosa, ocupando quase metade da tela. Ah! E ainda temos o modo batalha, no melhor estilo um contra um que suportava até quatro jogadores por meio do Cabo Link. Mas confesso  que achei bem divertido jogar sozinho contra os demais tanques-robô.

Por esses e outros motivos, considero Trax um bom game: fácil, divertido e perfeito para quem tem pouco tempo e quer se distrair.


Um abraço e até o mês que vem!

14 comentários:

  1. Parece promissor. Vou ter que conferir.Vlw Marcel.

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  2. Ai sim viu um jogo de shooter só que sem navinha mas com um tanque de guerra que idéia legal o pessoal teve dessa produtora eu simplesmente curti o estilo vou dar uma conferida nesse grande jogo e adicionar na lista de jogos que tenho aqui.

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    1. Rock ele é bem diferente do que a gente tá acostumado. Apesar de curtinho eu gostei pra caramba.

      Um abraço!

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  3. Cara, eu acho este blog excepcional. Um blog inteiro sobre games do GameBoy, isso é D+! E eu curto jogos do GB porque é um portátil que tenho, mas na época não tive muita oportunidade para comprar ou conhecer muitos jogos. Uso seu blog como um radar para games de GB. Valeu cara! Quero linkar seu blog no MarvoxBrasil. As pessoas precisam conhecer o site Game Boy Classics!

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    1. Opa Marvox, eu que agradeço pelo elogio. Fique a vontade para linkar (aliás, eu já fiz isso no Na Praia4 e aqui) e volte sempre que quiser

      Um abraço e até a próxima.

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  4. Joguei agora para conhecer num emulador online.

    Olha, eu não sou um grande jogador de videogame, na verdade eu sou é bem ruim, mas MEU DEUS que jogo fácil. Teu tiro destrói o tiro dos outros inimigos, que são lentos, poucos por vez na tela e ainda parece que tem uma BARRA DE VIDA.

    Na boa, o grande problema do jogo é o tédio, porque a jogabilidade é até competente e os gráficos bonzinhos.

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    1. Beren, não minto nem omito: sim é tudo isso que você falou. O jogo é fácil mesmo. Quanto ao tédio, aí fica de cada um.

      Um abraço e obrigado pela visita!

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  5. A propósito, ótimo blog, não conhecia! Abraço.

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  6. MarCel, tenho uma curiosidade, vc tem Game Boy? Se sim, qual?

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    1. Não Elvis, infelizmente não. A vontade de comprar um é grande em alguns momentos mas o meu DS me supre tão bem que eu fico sempre deixando para um momento futuro essa possível aquisição.

      Um abraço!

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    2. DS? Ah então vc ta bem servido tbm! rsrs xD Mas dá para jogar Game Boy clássico e o Color no DS? O GBA eu sei q dá, mas e os 8 bits?

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    3. Vamos por partes: Tanto o Game Boy clássico como o Color rodam muito bem no Nintendo DS, apesar do tamanho da tela do meu Lite me incomodar um pouco. Quantos aos 8 bits eu só tive experiência satisfatória com o Nintendinho e em alguns jogos - há muito erro de textura e outras bizarrices.

      Confesso que não ligo muito para a emulação do Nintendinho no DS já que o PC de mesa me serve muito bem nesse ponto.

      Um abraço e até a próxima!

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