Operation C

Produtora: Ultra Games/Konami

Ano: 1991

Ainda me considero pouco conhecedor de jogos para Game Boy/Game Boy Color, por essa razão, e não imagino outra forma, muita pesquisa na internet e em revistas especializadas é fundamental. Passado algum tempo e alguma dedicação, já possuo uma lista bem recheada de clássicos que logo serão aqui revisitados. Entretanto, uma conversa informal ou a indicação de um parceiro pode ser mais frutífera do que horas de leitura em sites da web. E foi assim que, graças ao meu parceiro Mark do blog B-Mark Database a quem mando aqui um abraço, conheci o jogo Operation C da Konami.

O primeiro contato que tive com esse jogo foi recente. Não dei muita importância no primeiro instante. Passado alguns minutos de jogatina e alguma insistência, um efeito contrário ocorreu: eu não conseguia parar de jogar! Eis o meu conselho: experimente o jogo e comprove por você mesmo.

Operation C, que apesar do nome nada mais é do que o jogo Super C lançado para NES com ligeiras adaptações, bebe muito do clássico shooter Contra da Konami e revela que mesmo uma fórmula conhecida e simples pode ser divertida e contagiante. Dois botões, uma arma, dedo no joystick e reflexos rápidos; um pouco de sorte e foco total na ação do jogo; receita simples e deveras eficiente que cai como uma luva nessa produção.

Assim como os demais jogos da franquia, e suas saudosas continuações e ports para outros consoles, controlamos soldados musculosos com braços de fora (citação a lá GLStoque) contra hordas de aliens que estão invadindo nosso pacato planeta. No melhor estilo um contra todos, nosso personagem percorre diversos níveis com arma em punho com direito à alguns power-ups, poucas vidas e dois continues.

A dificuldade do clássico pode ter sido amenizada em alguns pontos mas ainda sim o jogador mais acostumado com games desse estilo vai ser surpreendido por pulos traiçoeiros, inimigos traiçoeiros e chefes grandalhões (esses nem tão traiçoeiros) ocupando uma vasta área superior/inferior da tela as vezes auxiliados por algum capanga bem traiçoeiro.

Analisando friamente a parte técnica, pode se dizer que o jogo utiliza muito bem a capacidade do Game Boy Monocromático: os gráficos são caprichados; raríssimos momentos de slowdown, mesmo com a tela povoada; boa disposição dos elementos como plataformas, itens e inimigos; boas músicas (com efeitos estéreo) e respostas precisas ao controle do jogador. Apenas o pulo do personagem, e ao meu ver na primeira fase, que pode acarretar problemas para o player ainda não familiarizado com o comportamento do personagem – e que dessa forma pode ser avaliado como "defeito".

Visualmente as fases são bem desenhadas e distintas entre si. Somos apresentados a dois estilos de visão de acordo com a fase a ser percorrida: nas de ordem ímpar, temos a clássica perspectiva de ação lateral; nas demais o personagem se movimenta pelos ambientes com maior liberdade, enquanto o jogador o controla de uma visão aérea.

O shooter, que não deve em nada para “jogos de navinha” mais famosos, mostra que mesmo com os pés colados ao solo o jogador pode se divertir enquanto dispara freneticamente contra seus inimigos, na honrada missão de salvar o planeta Terra. Operation C é obrigatório para todo fã do portátil da Nintendo.

Tenha um bom jogo!