sexta-feira, 23 de março de 2012

Kid Dracula


Produtora: Konami
Ano: 1993

Uma proposta ousada
A saga da família Belmont tornou-se famosa por combater Drácula e outros seres das trevas nos jogos sob o nome da série Castlevania que desde 1986, lançamento do primeiro jogo da franquia, fez a alegria de fãs ao redor do mundo. Alguns títulos sempre são lembrados como Symphony of the Night (tido como o melhor de todos os tempos), mas desses acredito que nenhum tenha tido tanta ousadia em brincar um pouco com a série, dar ares mais infantis e ainda sim ser um bom jogo.

A Konami lançou no ano de 1990 uma sátira sobre uma de suas franquias mais famosas com o pomposo nome de Akumajou Special:Boku Dracula-kun ou Kid Drácula como mais tarde ficou conhecido mundialmente. Diferente de tudo que se tem em mente quando o nome Castlevania surge, aqui somos apresentados a tom musicais alegres, cenários e personagens ao estilo de desenho animado, além de diálogos descontraídos coroando a produção. Lançado apenas em território japonês (Famicom/Nes) ainda assim, ele chegou as prateleiras brasileiras como se pode constatar por essa matéria feita pelo Retroplayers (mandando um abraço para o TH pela resenha e para toda equipe do site) e esse scan digitalizado da revista Videogame nº8 que disponibilizo o link aqui.


O jogo, impressões...
Após acordar de um logo sono, o auto-proclamado príncipe demônio, Kid Dracula descobre que um ser maligno de nome Garamoth o desafiou novamente. Desafio feito, desafio aceito. Kid Drácula decide derrotá-lo então. No bom e velho estilo plataforma, o jogador controlará o jovem aprendiz de vampiro por 8 fases até o encontro final com o Rei Garamoth. Aliás, falando nas fases somos apresentados a cenários de muito bom gosto, com elementos de fundo bem detalhados e com diversas partes móveis como engrenagens, bruxulear de chamas, cachoeiras e nuvens (algo marcante para um jogo de Game Boy). O jogo todo é na verdade um port da versão original lançada para NES anos antes, a grande diferença ser dá por conta de uma menor quantidade de inimigos e níveis menores – ou mais simplificados por assim dizer, que de certo modo condiz com a proposta de um jogo para portátil.

É de admirar o trabalho da Konami nesse pequeno game (dá para terminá-lo em menos de 30 minutos com pouco treino). Contamos com ótimos cenários de fundo (como já mencionei antes), uma boa seleção de músicas, jogabilidade calibrada e tanto inimigos como protagonista em tamanho bom na tela – se ainda não ficou claro, eu considero a parte gráfica formidável! Agora é hora de falar sobre o jogo em si e algumas curiosidades.



Em Kid Dracula contamos com um sistema de ataques mágicos bem interessante. Como o pequeno vampiro despertou de um sono de muitos anos, sua memória está meio falha (apesar de ele mesmo não admitir), logo ele não se recorda do repertório de magias que sabe utilizar. Por isso, com o avançar das fases somos apresentados paulatinamente a mais um ataque especial lembrado pelo protagonista – com direito a tela de demonstração e rápida explicação. O uso desses poderes se dá por meio do SELECT mais o carregamento do tiro por alguns segundos – fora isso normalmente o garoto já possui um ataque normal que alivia os raros momentos mais tensos.

As magias utilizadas pelo personagem são diferentes tipos de tiros (que seriam as magias de ataque) e outras que são encarregadas de efeitos como BAT (voar como morcego) e UMB (a poderosa umbrella, que protege Kid Drácula de projéteis lançados pelos inimigos). Cada uma terá papel determinante para cada fase em que é apresentada, logo é importante saber utilizar cada magia na hora e de maneira correta.




Outro destaque: o ataque especial, quando utilizado, brinda o jogador com uma moeda por inimigo destruído. Essas moedas serão utilizadas nos minigames que aparecem no intervalo das fases e esses últimos são a única maneira de ganhar vidas extras. Aliás um destaque a parte e tão viciantes como o próprio jogo. Esse sistema tenta contrabalancear a facilidade dos primeiros níveis e o pouco número de inimigos.

Diferentemente, a energia pode ser preenchida por corações encontrados nas fases e o número de corações (três iniciais) pode ser incrementado para o máximo de cinco – para isso, alguns hearth contêineres devem ser encontrados no decorrer das fases. Ainda em tempo é interessante comentar que os chefes do jogo não são difíceis, em contrapartida sempre possuem mais de um padrão de ataque - as vezes mudam de forma ou até chamam um companheiro para lutar no lugar.


O jogo é simples, relativamente curto, bem divertido e pode agradar os jogadores menos exigentes que assim como eu curtem um bom plataforma para relaxar. Tenha um bom jogo!

10 comentários:

  1. Boa Marcel, tinha lido lá no Retroplayers e agora uma reforçada aqui, vou conferir!

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    1. A matéria do TH foi o ponto de partida para eu escolher esse jogo para comentar aqui no blog! Confere lá! Um abraço!

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  2. Muito legal... não tive o prazer de jogar Kid Drácula, ainda.. hummmmmm.... é um jogo difícil de encontrar pra vender nessas minhas andanças da vida... OOOOOWWWWWWW... esses jogos de aventura em ambiente lúdico são uma terapia mental e ficar bemmmmmmm tranquiiiiiillooooo jogando... risos

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    1. Eu fui criado jogando plataformas nesse estilo João. Te aconselho muito esse game. Um abraço!

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  3. joaozinho só pode estar zoando, Kid Dracula é difícil meu... e gostei da matéria

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    1. Valeu pelo elogio Leandro. Em certos momentos a versão do Game Boy é bem simples. Ainda não joguei a versão do NES que aperenta ser mais "encorpada" e assim que o fizer eu comento em forma de adendo na matéria. Um abraço!

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  4. Terminei recentemente no Dingoo. Muito bom esse jogo!

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    1. Assino embaixo amigo. Um jogo com temática infantil e diversão garantida.

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    2. Esse jogo é demais viu zerei ele no Nes que é um pouco difífcil nas ultimas fases e nem sabia que tinha uma versão dele para Game Boy vou conferir.

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    3. O jogo do Game Boy é uma versão resumida, por assim dizer. Ainda vou jogar a do Nes para falar sobre as diferenças num adendo nessa matéria.

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