quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Balloon Kid



Pax Softnica/Nintendo R&D1
1990

Eis um jogo surgiu para mim num momento de tédio total. As voltas com um FPS (maldito) que a época eu jogava (e não conseguia avançar), resolvi vasculhar minha biblioteca de games e procurar algo simples e bem bolado para curtir umas horas. Comecei o game no automático, não atentei a música e outros detalhes como história e me surpreendi com a fórmula simples e bem bolada desse game da Pax Softnica.

Balloon Kid conta a história de Alice na busca de seu irmão Jim que foi arrastado pelos ventos quando brincava com seus balões. Não vendo outra solução à vista, Alice amarra em si mesma alguns balões e se deixa ao sabor do vento, seguindo os balões deixados por Jim, sem imaginar os perigos que lhe esperam mais adiante.


Depois, mais atento a alguns detalhes e entendendo a mecânica do game, me surpreendi com o bom jogo que me apareceu nessa tarde (escrevo o texto num domingo escaldante). Nas primeiras imagens que vi, imaginei um shooter sem graça em que Alice amarrada aos seus balões faria as vezes de uma aeronave. Ledo engano!

A fórmula adotada pelos desenvolvedores foi bem diferente, quiçá genial. Controlando a protagonista amarrada a balões devemos desviar e se esquivar de passáros, chamas, raios, espinhos, pinguins (hehe), peixes, caranguejos e muito mais. E aqui eu destaco o grande brilho do jogo: um level design caprichado.


A variedade entre as fases é muito sortida. O mesmo pode ser dito quanto aos inimigos e o desafio embargado em cada nível. Não que isso dificulte o game, mas alguma estratégia para passar por certos locais vai ser necessária já que o avançar nas fases é incessante – há um side-scrolling automático em cada tela que pode ajudar ou dificultar bastante o jogador.

Alice não possui barra de energia ou corações, aliás o símbolo de um coração gigante representa uma vida extra para o gamer. O que ceifa a vida da protagonista é cair na água ou encostar em determinados inimigos, chamas, raios e partículas de energia no formato de pequenas estrelas.

Por mais que eu me esforce em pensar nesse jogo como um shooter (apesar de Alice não atirar nem beijo para o irmão), ele me sugere ser um plataforma em que o protagonista tem a habilidade de voar – já que os elementos de plataforma são bem presentes e tem sua relevância de acordo com o local em que estamos.

Para explicar melhor: Alice pode caminhar tranquilamente pela fase caso se livre de seus balões (pressionando B). Caso queiramos alçar voo novamente com a personagem, basta pressionar para baixo repetidas vezes para que novos balões sejam enchidos, ou seja, há a possibilidade de recuperação dos balões no caso de Alice ser atingida.


Cada fase ainda possui um (ou até mais) bônus no formato de um Game Boy que consiste em coletar todos os balões que saem dos canos e ser premiado com uma vida extra no final. Em alguns momentos o jogo nos apresenta alguns chefes, que nem chegam a ser perigosos (eu destaco o tema do filme Tubarão que fica ao fundo, vale a pena conferir).

Finalizando
O jogo ainda possui um modo Vs (para dois jogadores) e o Balloon Trip. Esse último uma espécie de survival mode já que o objeto é sobreviver o maior tempo possível pontuando (coletando balões) enquanto o gamer sobe no ranking das tábuas de pontuação.


Balloon Kid é a sequência do game Balloon Fight lançado para as máquinas de arcade em 1984 e dois anos depois convertido para o Nes (e não deixe de conferir a matéria feita pela equipe do Gagágames sobre o jogo). Em 2000 o game ganharia uma versão para o Game Boy Color com o nome de Balloon Fight GB lançado exclusivamente no Japão.

Ainda que  possuindo controles medianos (já que controlar/movimentar Alice é bem complicado), o jogo conseguiu unir level design satisfatório e músicas calibradas com sua proposta diferente e altamente recomendável para os que curtem games mais casuais.


Tenha um bom jogo!

4 comentários:

  1. valeu pela dica Marcel, eu vou dar uma olhada nesse game. apenas joguei um pouco de nada do primeiro Ballon Fight e achei legal e dificil também. e essa capa do game... a menina vai direto para a boca do peixe gigante e ainda está feliz? é muito botox? hahahah!

    valeu por falar do game

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    1. Balloon Fight eu passei batido, já Balloon Kid me conquistou na primeira jogada. O jogo é bem estranho mas vale a pena.

      Hehe, também me amarrei nessa capa (aliás, foi justamente a capa que me chamou a atenção para o game quando eu pesquisava num fórum sobre jogos para game boy)

      Um abraço e até a próxima!

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  2. Putz, esse jogo tem a maior cara de Shmup´e tu vem me dizer que é um plataforma? xD

    É bom ver que sempre teve alguém com uma certa criatividade no mundo dos games, esse jogo é prova disso.

    Parabéns pela análise e já to esperando a próxima =D

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    1. Fala Angelo, beleza?

      Sim, concordo com você, ele é sim um shooter, mas não há uma arma propriamente. O lance é se esquivar dos perigos e atacar os inimigos caindo em cima deles (eis o pq eu o considero um plataforma em alguns momentos).

      Obrigado pelo elogio e até a próxima!

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